domingo, 28 de setembro de 2008
Confesso que não simpatizo nada com a expressão "bocas". Não me parece digna de uma academia que prima plos seus gloriosos pergaminhos.
Como me interessa o fenómeno da caricatura Coimbrã não apenas enquanto autor mas também enquanto coleccionador e pesquisador, de vez em quando faço uma busca via Google acerca do tema. E constato que têm ficado registos na net aludindo a que as caricaturas de um ou outro artista "são todas iguais". Perante estas afirmações, recorri ao meu arquivo, que contém plaquetes (plaquettes?) desde 1930. E verifico que, especialmente para alguns caricaturistas, esse problema se tem colocado muito particularmente no que se refere a desenhar mulheres. Para o caricaturista, que se é homem se presume seja másculo, a mulher é sempre um ser bonito; mesmo que não seja. Enquanto que o homem é sempre mais "merecedor" das ferroadas da sátira.
Voltaremos a falar disto.
Quase todas as caricaturas constantes deste site foram desenadas por mim desde há dois ou três anos a esta parte. A maioria é de 2007 e 2008. Mas já desenhei muitas caricaturas (principalmente para a Queima das Fitas de Coimbra) em outras épocas. E veifico que... este trabalho é cada vez mais difícil!
Porquê? Por uma razão bem simples: tem estado a subir a percentagem de etudantes do sexo feminino que concluem cursos unversitários. E, queiramos ou não, é muito mais complicado desenhar a caricatura de uma estudante do que a de um seu colega do género masculino. Porquê? Ora... é uma questão de testosterona!... (E não só).
Plaquete? Livro de Curso?
O Dicionário Complementar da Língua Portuguesa de Augusto Moreno não regista a palavra plaquete (muito menos plaquette). Refiro-me à edição de 1954, altura em que o vocábulo já circulava na academia de Coimbra. Porém, consultando um dicionário da mesma época (Dicionário Francês-Português de Eduardo Pinheiro, edição de 1957), encontro a palavra plaquette. Não admira, porque o vocábulo é francês. E o que significa? Transcrevo: "Livro, volume muito fino; brochura; opúsculo".
Na tradição de Coimbra, a plaquette (ou plaquete) tem coexistido com o Livro de Curso. Este comportando as caricaturas dos estudantes do curso inteiro a que se reporta, a plaquete contendo apenas os elementos de cada carro que desfila na Queima das Fitas.
Mais t menos t
Plaquettes? Plaquetes?
Confesso que ainda não consultei um dicionário actualizado de acordo com... o acordo. Nem me apetece consultar, do mesmo modo que não me apetece comentar quem é quem (portugueses? brasileiros?) nesta quastão do já estafado acordo. O soberano povo decidirá como falar e como escrever o bom portugês. Porque as perssoas não falam nem escrevem como os dicionários determinam. É ao contrário, gente, é ao contrário! Os dicionários é que se subordinam ao modo como as pessoas falam e escrevem. Pode demorar tempo, mas subordinam. No que aprendi de língua francesa, plaquete escreve-se plaquette.
Mas os estrangeirismos vão-se aportuguesando. De modo que, nesta alura talvez os novos dicionários da língua portuguesa já tenham mandado um t às urtigas.
Pelo sim pelo não, vou usando uma versão e outra. Em alternância, como a nossa democrática política...
sábado, 27 de setembro de 2008
.Livro de Curso... da Pré-primária!
De pequenino, se torce o nariz
Conforme se lê aí mais abaixo, esta coisa divertida das caricaturas de Livro de Fim de Curso já chegou aos mais baixos escalões etários. No caso concreto destas caricaturas, a tarefa foi concretizada com recurso a fotos enviadas por mail. Não é o modo mais usual nem o mais eficaz, mas resolve bem a necessidade.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Livro de Curso... da Pré-primária
Não há dúvida de que a Caricatura está na moda. Basta apreciarmos a quantidade de caricaturas que circulam via e-mail (quase sempre deixando o autor no anonimato, coisa grave, reprovável) ou recordarmos o triste desenrolar das contestações de carácter religioso em torno de um conjunto de caricaturas, episódios sucessivos que abriram telejornais e provocaram dezenas de mortosTalvez por ser hoje redimensionada pela sua popularidade, a Caricatura para Plaquettes e Livros de Curso deixou de ser um exclusivo de estudantes universitários em final de carreira. Por exemplo estes caricaturas anexas são uma parte de um conjunto que assinala a conclusão de um curso de... Pré-primária!
Arriscarei dizer que uma criança não tem uma caricatura. Caricatura é o retrato caricato de alguém; e uma criança nunca tem nada de caricato. Resta, então, a solução de se desenhar um retrato levemente satírico, em que os exageros se encaminhem para a lisonja.
...e a lisonja é exactamente o contrário do que se exige de uma caricatura!... Zé Oliveira
sábado, 6 de setembro de 2008
As caricaturas de Zé Oliveira
Com o recomeço das aulas no ensino superior, chega a altura de os estudantes universitários em final de carreira académica começarem a preocupar-se com o seu livro de curso ou com a plaquette (termo coimbrão dado a cada caderninho que, não sendo a mesma coisa que um livro de curso, também contém a caricatura de cada estudante).
Zé Oliveira, que é um dos caricaturistas portugueses mais experientes neste género de caricatura, disponibiliza a partir de agora um novo "produto": caricaturas coloridas.
Faz todo o sentido, considerando os níveis de sofisticação a que chegaram os equipamentos de tipografia. Hoje, imprimir a cores é mais acessível do que há poucos anos.
Caricaturas "ao domicílio"
Zé Oliveira desloca-se a qualquer parte do país, onde obtém em apontamento tomado ao vivo a caricatura dos estudantes, que depois elabora em arte-final na tranquilidade do seu atelier. Essas sessões ocorrem normalmente num espaço da universidade e são sempre muito divertidas, factor preponderante para que as caricaturas transpareçam alegria. Quando alguns estuantes não podem estar presentes, a caricatura desses é elaborada com recurso a fotografias.
O modo mais prático para contactar Zé Oliveira, é usar o endereço de mail acima. Mas teclando-o, pois isto é simplesmente uma imagem, não un link; para evitar os spams.
Quanto mais cedo, melhor...
Como somos pouquíssimos os caricaturistas especializados neste género de trabalho, não é nada aconselhável os estudantes deixarem a elaboração das caricaturas para a última hora. Eles próprios vão andar no final do ano a braços com sobrecargas de trabalho curricular, somado às maratonas da organização das festas académicas. Mas, infelizmente, é quase sempre nessa altura que se lembram de que lhes falta mandar fazer as caricaturas para o livro de fim de curso. Como os pouquíssimos caricaturistas profissionais não conseguem esticar o tempo, a solução que lhes resta é "encolher" a qualidade de cada caricatura. Para poupar tempo e "acudir" a maior número de "aflitos". Ou recorrer a amadores que frequentemente demonstram qualidade confrangedora.
...e mais barato
Para estimular os estudantes a darem mais cedo "a cara ao manifesto", Zé Oliveira propõe-se fazer uma redução significativa de preços a todos os grupos de estudantes que mandem fazer as suas caricaturas até final de Janeiro. Dupla vantagem, portanto: melhor qualidade por menos dinheiro.
Maratona de 33 horas
Para acorrer a duas situações de "aflitos", no ano passado Zé Oliveira fez em atelier (portanto, na elaboração do solitário trabalho de arte-final) uma maratona de 25 horas consecutivas de laboração e outra de 33 horas! Apenas com intervalos de 20 minutos para as refeições!