É certo que quando se é jovem (e os estudantes, em regra, são jovens), os traços diferenciadores da fisionomia de cada um são menos individualizados do que nos mais adultos. Mas atenção! o essencial de uma caricatura não é captar uma fisionomia. É, sim, retratar uma identidade! E a essencia identificativa de cada um de nós é de natureza mais psicológica do que física. Portanto, tenhamos em conta que desenhar um rosto é "fácil".
O que é difícil é obtermos, em cinco minutos, um conhecimento (não digo um desenho, digo um conhecimento) do perfil psicológico do indivíduo. Por isso eu estou permanentemente a conversar com o caricaturado; a tentar perceber que tipo de pessoa é. Se é impulsivo, se é romântico, se é aventureiro, se é hábil para ganhar dinheiro, se é altruista, se é preguiçoso, se é glutão, se é generoso...
O problema é que, tendo esta actividade artística um carácter sasonal, os desenhos são elaborados sob a pressão do tempo. E isso propicia o desenvolvimento de estereotipos, acaba por rotinar a mão e a visão "deformante" do caricaturista, acaba por submergi-lo na falta de tempo.
Pelo que me diz respeito, tento o mais possível não caír nesse vício, encarando cada rosto como um novo desafio que é preciso encarar numa perspectiva artística e não apenas numa
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