sábado, 15 de agosto de 2009

Preços sobem em Janeiro

domingo, 9 de agosto de 2009

Mais cedo é melhor e mais barato
A partir do início de Setembro, começarei a minha actividade regular no âmbito das caricaturas para Livros de Curso, Plaquetes (Plaquettes... mais T menos T).
E até ao final do ano, praticarei preços bem mais simpáticos.
Além do factor economia, existe outra boa razão para que os estudantes não deixem para a última hora a obtenção da caricatura para a sua Queima das Fitas:
um desenho elaborado sem stress oferece um resultado final com qualidade mais garantida.

Meu e-mail. Mas não é link! Tem de teclar.



Meu telemóvel: 966 3033 79 (Zé Oliveira)

sábado, 8 de agosto de 2009

As "bocas" não devem afogar a caricatura

Vamos contar quantos elementos assessórios foram encomendados para esta caricatura?
01 - Mafalda Veiga
02 - Balão "Vamos até à Praia Norte?"
03 - Cenário de praia
04 - Tomando café
05 - Balão "Teimosa não! Obstinada!"
06 - Borboletas
07 - Cães
08 - Balão de pensamento "Chocolate"
09 - Usando o "Magalhães"
10 - Relógio de sala
11 - Despertador
12 - Bilhete de cinema
É um exagero!!! Mas devo dizer que já me foram pedidos mais de sessenta motivos para uma só caricatura!!! (Claro que, desses 60, só meti os que couberam).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Caricatura é obra de arte

Uma caricatura, seja ela para plaquete de Queima das Fitas ou não, deve ser sempre desenhada a partir deste pressuposto: trata-se de uma obra de arte. E mal procede o caricaturista que não cumpra esse preceito.
Mas frequentemente o caricaturista é confrontado com a "exigência" de inclusão de mil e uma referências acessórias (o cão, o gato, o periquito, o namorado, o cágado, a míngua de dinheiro, o telemóvel, a carteira (em forma de regador ou outro formato bizarro, a bebedeira, as frases da treta, o carro, a viagem de curso, a tia, os sobrinhos, as músicas do Zé Cid, a Hellow Kit, o pássaro Piu-piu...
Nestas condições, não é fácil (dito de outra maneira: é impossível) que o desenho venha a ser uma obra de arte. Pelo contrário, é um simples amontoado de riscos que ninguém tem pachorra para ler. E lá se vai a dignidade plástica que toda a obra de arte tem de ter. E no caso da caricatura, essa dignidade caracteriza-se muito pela síntese.

Caricaturas "afogadas" nas bocas

Esta caricatura até nem é das mais exageradas no que se refere a quantidade de elementos caracterizadores acessórios (as famigeradas "bocas"). A que aparece mais acima elucida melhor.
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Caricatura, Coimbra e... Benfica

Caricatura, Coimbra e... Benfica

Há umas décadas atrás era quase um sacrilégio aplicar na capa um emblema de equipa de futebol que não fosse o da Académica. Agora, e a avaliar pelas Caricaturas das plaquetes, a sensação que se tem é a de que a AAC está a perder adeptos na academia...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Caricatura e adjectivos

Aí para baixo aflora-se o mesmo tema: os adjectivos com que se classificam os estudantes que estão em altura de queima das fitas. "Bom rapaz", rapariga "sincera", moço "educado"... isto é uma pequena amostra do que nos aparece com pedido de inclusão no desenho. Porém eu pergunto: Mas então, não são todos bons rapazes? Moças amigas? Gente sincera? Talvez haja excepções, não digo que não. Mas é legítimo irmos para a plaquete fazer o ajuste de contas? É que tenhamos em conta que este género de caricatura tem pouco a ver com aquilo que nós (caricaturistas) produzimos para a imprensa. Enquanto que uma caricatura de jornal é, quase sempre, um libelo acusatório que pretende chamar à razão um tartufo qualquer, estas caricaturas da vossa plaquete ou livro de curso são a eternização do sorriso do estudante. São desenhos que se desejam lisongeiros. Mas - por favor! - sem adjectivos. Porque eles são, por via de regra, exclusivos (exclusivos no sentido em que excluem os que não são adjectivados).



Caricatura simples vale mais

Tal como a de baixo, esta caricatura também é de uma estudante do Porto. Existe em ambas um pormenor que as distingue das caricaturas da Queima das Fitas de Coimbra: a economia de bonequinhos acessórios. E isso torna-a mais interessante. As caricaturas "afogadas" numa confusão de bonequinhos ficam prejudicadas no que é essencial. Uma caricatura desta natureza pretende registar (pela via do humor) uma identidade, mas de modo o mais possível sintético. É, portanto, preferível dispender tempo a desenhar o estudante numa atitude caracterizadora (neste caso, viajando de lambreta) do que elaborar desenhas de bonequinhos.

Caricaturas, Plaquetes e Adjectivos

Esta estudante, de uma faculdade do Porto, é uma mocinha muito responsável. Vai daí, um dos seus colegas decidiu que essa característica constasse da sua caricatura do livro de fim de curso.
Por acaso não nutro nenhuma simpatia para com este género de qualificativos. Começa logo pela dificuldade em caracterizar isso num pequeno desenho, embora a solução das medalhas, que inventei há uns anitos, remedeie a dificuldade. Mas existem outras razões para esta minha minguada simpatia, conforme explico em outro post acima.

domingo, 2 de agosto de 2009


A tradição ainda é o que era




Os Livros de Curso com caricaturas são uma tradição iniciada em Coimbra em 1903 que só existe em Portugal.


Uma capa de plaquete, por Zé Oliveira.
Foi elaborada com elevado profissionalismo, como aliás este autor faz sempre. E neste caso, a qualidade de concepção da capa possibilitou a estes estudantes obterem um anúncio de uma marca de cerveja, de página inteira e a cores, para a contra-capa. Portanto, caprichar na escolha do caricaturista é proveitoso, não só pelo resultado gráfico mas também economicamente.


Há poucas décadas, ainda era comum ver-se na Queima das Fitas coimbrã os estudantes prepararem um Livro de Curso e umas plaquetes (plaquettes), que são pequenos cadernos e mais baratos do que o Livro de Curso, num caso e noutro as caricaturas dos novos fitados.
As plaquetes que servem para inserir publicidade, cuja receita ajuda a suportar as despesas dos festejos da Queima. Hoje em dia, o Livro de Curso está a cair em desuso em Coimbra. Perdura apenas a plaquete.

Caricatura Académica alastra
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Para curso da Covilhã, Zé Oliveira fez as caricaturas e a capa

Universidades e outras escolas um pouco por todo o país, também se tem vindo a multiplicar essa tradição de perpetuar com caricaturas a memória dos tempos de Estudante.

Zé Oliveira é um dos caricaturistas que publicam na imprensa portuguesa que mais se tem especializado em Caricaturas Académicas para Livros de Curso.

domingo, 26 de julho de 2009

As caricaturas da Queima das Fitas...

As caricaturas da Queima das Fitas, principalmente associadas a Coimbra mas cada vez mais espalhadas por todo o país, são uma das características mais genuínas da academia portuguesa, pois trata-se de uma prática que só existe em Portugal.

Dois cromos para "aferir qualidade"...
Frequentemente pedem-me que mande por e-mail uma caricatura e uma foto do caricaturado, para comprovação da fidelidade ao nível das semelhanças.
Claro que não envio, por duas razões:
Por uma questão de ordem ética, não devo usar fotos de pessoas que são alheias ao assunto. A lei portuguesa consagra o direito à reserva de imagem. Mas não abrange a Caricatura, por se tratar de uma interpretação artística.


Outra razão é a de que uma caricatura não é comparável com uma fotografia.
Caricaturar não é retratar uma fisionomia, é sim retratar uma personalidade, um carácter. Uma caricatura é uma súmula que resume toda uma impressão que o caricaturista colheu de determinada pessoa. É o resultado de uma observação de muitos anos ou de apenas cinco minutos, mas sempre uma impressão colhida de um carácter; enquanto que uma foto não é mais do que uma fracção de segundo que pouco deixa transparecer da alma da pessoa que representa.
No desenho acima, creio que não há dúvidas acerca da identificação dos dois indígenas de Lisboa que desenhei. Mas, se estão parecidos com os dois cromos que representam, não estão parecidos com nenhuma foto dos ditos cujos cromos.
A capa da plaquette deve ter qualidadeQuando um grupo de estudantes se propõe escolher quem lhe prepare o conteúdo da plaquete, não basta garantir a qualidade das caricaturas, também é muito importante a qualidade artística da capa. Tratando-se de uma recordação para o resto da vida, deve ser dignificada logo a partir da primeira página!
Quando elaborei o desenho acima, dediquei-lhe o mesmo empenho que coloquei em cada caricatura do interior.

Os estudantes forneceram-me este croquis que, não sendo nenhuma obra de arte, foi extremamente útil para compreender sem equívocos a ideia que tinham concebido.
(repare-se na humildade com que escreveram a nota "Capa (ou não...)"; conscientes de que estavam a pedir algo difícil de concretizar, assumiam que eu optasse por uma outra ideia qualquer, de elaboração mais fácil. Mas essa humildade granjeou da minha parte o máximo empenho na elaboração do desenho.
Diálogo na base da humildade proporciona muito melhores resultados do que na base da arrogância!...



sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mais cedo é melhor e mais barato
Meu e-mail. Mas não é link! Tem de teclar. Meu telemóvel: 966 3033 79 (Zé Oliveira)

Curiosamente, já estou a receber encomendas de caricaturas para a Queima/2010. O que é óptimo para todos: para os caricaturistas, que trabalham com um pouco menos de pressão quando chegar a "hora de ponta". E para os estudantes, quem ficam com uma caricatura mais esmerada (queiramos ou não, a pressa é "má conselheira") e mais barata (de janeiro em diante, os preços aumentam).

Será provavelmente inédito que a academia (estou a falar da de Coimbra, aquela para a qual mais trabalho, embora vá a qualquer parte do país) - dizia que será provavelmente inédito que a academia trate de se preocupar com a caricatura para a plaquete da queima ainda antes de partir para férias!
A vida é a cores É certo que a cor de excelência para a academia é o preto.
Mas a evolução tecnológica permite hoje que se imprima uma plaquete (plaquette) em quadricromia com poucos mais custos de tipografia. Portanto, e porque a vida é a cores, mais dia menos dia é assim que todos os estudantes terão a sua caricatura.

Casa da Música e Ópera de Sidney...seria deselegante se eu colocasse o clarinete da jovem a pingar saliva!... Com as senhoras, o caricaturista tem de ser mais delicado! Cai, antes, uma nota de música. Porque estamos perante um género de caricatura caracterizado pela lisonja; e mal procede o artista que não tem essa preocupação racionalmente interiorizada.
Assinale-se, já agora, o esmero com que deve ser desenhado cada um destes elementos acessórios. Um estudante que toca trompete ou clarinete tem um carinho muito especial para com o seu instrumento de eleição, carinho que o caricaturista não deve defraudar.
É certo que os preços que presentemente se praticam são "miseráveis", mas há uma coisa que, do meu ponto de vista, deve ser sempre preservada até ao limite das nossas possibilidades: a qualidade plástica de cada desenho.


Caricaturas com... Humor
Divirto-me com este género de trabalho e por vezes cruzo ideias!... Para este desenho, era preciso que eu desenhasse uma derrapagem mal sucedida. Pois achei engraçado que o estampanço fosse contra um sinal de... pavimento escorregadio. Digamos que, se isolassemos aquele pormenor, ele teria força suficiente para funcionarcomo cartoon.
Experimentemos:


Cá está uma situação cómica: uma pessoa que adormece e derrapa para cima de um sinal que avisa "Perigo de Derrapagem". (Melhor fora que tivesse avisado "Cuidado com o Sono"!...)

Mas depois, como era preciso que eu colocasse a protagonista dizendo que "a cozinha está aos ésses", apeteceu-me conjugar graficamente essa frase com os ésses da derrapagem! (Já que cobro tão pouco pelos desenhos, ao menos que goze o meu bocado!)