domingo, 28 de setembro de 2008

Este é o meu e-mail. Mas não é link! Tem de teclar.
Meu nº de telemóvel: 966 3033 79 (Zé Oliveira)
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Na plaquete da Queima das Fitas
Caricatura simples ou complicada?

Em Abril deste ano, quando desenhava as caricaturas de um carro de quartanistas de um curso de Coimbra, um estudante apresentava-me mais de sessenta peripécias para desenhar em torno da sua caricatura! Tentei fazê-lo compreender que a simplicidade é um valor acrescentado para qualquer caricatura, porque a regra de ouro desta disciplina artística é a preocupação da síntese. E o desabafo dele foi este: "E andei eu um ano inteiro a registar apontamentos e dizer: 'esta tem de ir para a plaquete!'"
Caricatura de Coimbra e "bocas"
Confesso que não simpatizo nada com a expressão "bocas". Não me parece digna de uma academia que prima plos seus gloriosos pergaminhos.
Nas academias mais recentes, o termo é praticamente desconhecido, mas em Coimbra chamam-se "bocas" ao conteúdo graficamente secundário que enriquece a caricatura do livro de curso (ou plaquete). Aqueles bonequinhos ou balões que são desenhaos em torno do desenho central. Por que não chamar-lhe "envolência"? Ou "enquadramento"? Ou "cenário"? Ou...

Caricaturas todas "iguais"?
Como me interessa o fenómeno da caricatura Coimbrã não apenas enquanto autor mas também enquanto coleccionador e pesquisador, de vez em quando faço uma busca via Google acerca do tema. E constato que têm ficado registos na net aludindo a que as caricaturas de um ou outro artista "são todas iguais". Perante estas afirmações, recorri ao meu arquivo, que contém plaquetes (plaquettes?) desde 1930. E verifico que, especialmente para alguns caricaturistas, esse problema se tem colocado muito particularmente no que se refere a desenhar mulheres. Para o caricaturista, que se é homem se presume seja másculo, a mulher é sempre um ser bonito; mesmo que não seja. Enquanto que o homem é sempre mais "merecedor" das ferroadas da sátira.
Voltaremos a falar disto.
As caricaturas de agora são mais difíceis
Quase todas as caricaturas constantes deste site foram desenadas por mim desde há dois ou três anos a esta parte. A maioria é de 2007 e 2008. Mas já desenhei muitas caricaturas (principalmente para a Queima das Fitas de Coimbra) em outras épocas. E veifico que... este trabalho é cada vez mais difícil!
Porquê? Por uma razão bem simples: tem estado a subir a percentagem de etudantes do sexo feminino que concluem cursos unversitários. E, queiramos ou não, é muito mais complicado desenhar a caricatura de uma estudante do que a de um seu colega do género masculino. Porquê? Ora... é uma questão de testosterona!... (E não só).
Coimbra, terra-mãe
Plaquete? Livro de Curso?
O Dicionário Complementar da Língua Portuguesa de Augusto Moreno não regista a palavra plaquete (muito menos plaquette). Refiro-me à edição de 1954, altura em que o vocábulo já circulava na academia de Coimbra. Porém, consultando um dicionário da mesma época (Dicionário Francês-Português de Eduardo Pinheiro, edição de 1957), encontro a palavra plaquette. Não admira, porque o vocábulo é francês. E o que significa? Transcrevo: "Livro, volume muito fino; brochura; opúsculo".

Na tradição de Coimbra, a plaquette (ou plaquete) tem coexistido com o Livro de Curso. Este comportando as caricaturas dos estudantes do curso inteiro a que se reporta, a plaquete contendo apenas os elementos de cada carro que desfila na Queima das Fitas.
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Mais t menos t
Plaquettes? Plaquetes?
Confesso que ainda não consultei um dicionário actualizado de acordo com... o acordo. Nem me apetece consultar, do mesmo modo que não me apetece comentar quem é quem (portugueses? brasileiros?) nesta quastão do já estafado acordo. O soberano povo decidirá como falar e como escrever o bom portugês. Porque as perssoas não falam nem escrevem como os dicionários determinam. É ao contrário, gente, é ao contrário! Os dicionários é que se subordinam ao modo como as pessoas falam e escrevem. Pode demorar tempo, mas subordinam. No que aprendi de língua francesa, plaquete escreve-se plaquette.
Mas os estrangeirismos vão-se aportuguesando. De modo que, nesta alura talvez os novos dicionários da língua portuguesa já tenham mandado um t às urtigas.
Pelo sim pelo não, vou usando uma versão e outra. Em alternância, como a nossa democrática política...

sábado, 27 de setembro de 2008



.Livro de Curso... da Pré-primária!
De pequenino, se torce o nariz
Conforme se lê aí mais abaixo, esta coisa divertida das caricaturas de Livro de Fim de Curso já chegou aos mais baixos escalões etários. No caso concreto destas caricaturas, a tarefa foi concretizada com recurso a fotos enviadas por mail. Não é o modo mais usual nem o mais eficaz, mas resolve bem a necessidade.
Zé Oliveira normalmente desloca-se às escolas ou às Faculdades depois de acordadas eas condições, aí toma ao vivo a carcatura de cada estudante (a fisionomia do seu rosto) e trabalha depois todo o desenho em atelier.

Não foi este o caso. Por força da falta de tempo disponível, tudo foi elaborado "à distância".

As fotos diferiam bastante de qualidade entre si, o que dificultou a tarefa. Não estando o caricaturado presente para a caricatura, o mínimo que se pede é que as fotos tenham boa qualidade.
Porque uma caricatura é uma síntese da personalidade de um indivíduo, através das particularidades que o ndividualizam de todos os demais.

E, mesmo que "inventar" seja apanágio dos artistas, a verdade é que o caricaturista tem de ser objectivo. Por muito que isso espante quem imagina que uma Caricatura é um desenho "à balda".

Nada de mais errado! É necessário muito mais aplicação e muito mais eficácia na elaboração de uma caricatura do que na elaboração de um retrato.


Porque o retrato representa um rosto, mas uma caricatura vai mais longe: representa uma personalidade, um carácter. De preferência com economia de traços.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Caricatura académica
Livro de Curso... da Pré-primária
Não há dúvida de que a Caricatura está na moda. Basta apreciarmos a quantidade de caricaturas que circulam via e-mail (quase sempre deixando o autor no anonimato, coisa grave, reprovável) ou recordarmos o triste desenrolar das contestações de carácter religioso em torno de um conjunto de caricaturas, episódios sucessivos que abriram telejornais e provocaram dezenas de mortosTalvez por ser hoje redimensionada pela sua popularidade, a Caricatura para Plaquettes e Livros de Curso deixou de ser um exclusivo de estudantes universitários em final de carreira. Por exemplo estes caricaturas anexas são uma parte de um conjunto que assinala a conclusão de um curso de... Pré-primária!
Será razoável que as comunidades escolares destes níveis etários tomem como seus os hábitos tradicionalmente assumidos pelos mais velhos, estudantes já adultos? Depende. Fazer a caricatura de um adulto é traçar o se perfil psicológico, implacavelmente, desnudando a sua alma através de um jogo de exageros (para mais ou para menos) que o desmascaram (de forma divertida, embora) salientando os traços fundamentais do seu carácter.

Ora é aqui que bat o ponto; um adulto é passível de ser submetido ao "julgamento" da sua identidade psicissomática. E ainda mais, quando se trata de pessoa intelectualmente qualificada (por via da sua preparação académica).

Mas a criança não deve nunca ser sujeita à maldade de um "julgamento" que a condena por ter uma batata em vez de nariz, ou uns valentes quilos a mais a denunciarem abuso de guloseimas ou simples distúrbios de tiróide. Se ao adulto se exige que saiba conviver assumidamente com as suas próprias características, a uma criança não se pode pedir semelhante coisa.

É por isso que não encaro de ânimo leve a tarefa de fazer caricauras de crianças. Tenho o máximo cuidado em não as traumatizar, contendo-me nos exageros.
E não deixo de notar que uma criança não tem ainda o seu carácter complatamente definido, faltando-lhe, por isso, os traços essenciais que a individualizam de modo determinante. Também essa é uma dificuldade acrescida para a tarefa do caricaturista.

Mas se a pequena comunidade de estudantes (ou dos seus pais...) acha divertido registar o culminar da sua primeira experiência académica mediante um conjunto de caricaturas, pois que o faça. Mas o caricaturista não tem o direito de exagerar a seu belo prazer a fisionomia de uma criança como se ela fosse um adulto.

A caricatura de uma figura social pode, porventura, cair no grotesco. Basta que o caricaturista ache que esse é um caminho útil para desmascarar comportamentos inaceitáveis. Mas esse nunca pode ser o caminho para elaborar a Caricatura de uma criança.
Arriscarei dizer que uma criança não tem uma caricatura. Caricatura é o retrato caricato de alguém; e uma criança nunca tem nada de caricato. Resta, então, a solução de se desenhar um retrato levemente satírico, em que os exageros se encaminhem para a lisonja.

...e a lisonja é exactamente o contrário do que se exige de uma caricatura!... Zé Oliveira

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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Veja também:
http://chavedoburaco.blogspot.com

sábado, 6 de setembro de 2008

Livros de Curso agora também a cores
As caricaturas de Zé Oliveira

Com o recomeço das aulas no ensino superior, chega a altura de os estudantes universitários em final de carreira académica começarem a preocupar-se com o seu livro de curso ou com a plaquette (termo coimbrão dado a cada caderninho que, não sendo a mesma coisa que um livro de curso, também contém a caricatura de cada estudante).




Para ampliar as imagens, clicar sobre elas

Zé Oliveira, que é um dos caricaturistas portugueses mais experientes neste género de caricatura, disponibiliza a partir de agora um novo "produto": caricaturas coloridas.




Faz todo o sentido, considerando os níveis de sofisticação a que chegaram os equipamentos de tipografia. Hoje, imprimir a cores é mais acessível do que há poucos anos.

Caricaturas "ao domicílio"

Zé Oliveira desloca-se a qualquer parte do país, onde obtém em apontamento tomado ao vivo a caricatura dos estudantes, que depois elabora em arte-final na tranquilidade do seu atelier. Essas sessões ocorrem normalmente num espaço da universidade e são sempre muito divertidas, factor preponderante para que as caricaturas transpareçam alegria. Quando alguns estuantes não podem estar presentes, a caricatura desses é elaborada com recurso a fotografias.

O modo mais prático para contactar Zé Oliveira, é usar o endereço de mail acima. Mas teclando-o, pois isto é simplesmente uma imagem, não un link; para evitar os spams.


Quanto mais cedo, melhor...


Como somos pouquíssimos os caricaturistas especializados neste género de trabalho, não é nada aconselhável os estudantes deixarem a elaboração das caricaturas para a última hora. Eles próprios vão andar no final do ano a braços com sobrecargas de trabalho curricular, somado às maratonas da organização das festas académicas. Mas, infelizmente, é quase sempre nessa altura que se lembram de que lhes falta mandar fazer as caricaturas para o livro de fim de curso. Como os pouquíssimos caricaturistas profissionais não conseguem esticar o tempo, a solução que lhes resta é "encolher" a qualidade de cada caricatura. Para poupar tempo e "acudir" a maior número de "aflitos". Ou recorrer a amadores que frequentemente demonstram qualidade confrangedora.


...e mais barato

Para estimular os estudantes a darem mais cedo "a cara ao manifesto", Zé Oliveira propõe-se fazer uma redução significativa de preços a todos os grupos de estudantes que mandem fazer as suas caricaturas até final de Janeiro. Dupla vantagem, portanto: melhor qualidade por menos dinheiro.


Maratona de 33 horas

Para acorrer a duas situações de "aflitos", no ano passado Zé Oliveira fez em atelier (portanto, na elaboração do solitário trabalho de arte-final) uma maratona de 25 horas consecutivas de laboração e outra de 33 horas! Apenas com intervalos de 20 minutos para as refeições!