quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Coimbra
Queima das Fitas, Plaquetes, Caricaturas...
Coimbra,Queima das Fitas, cortejo de carros alegóricos, milhares de Plaquettes com caricaturas a esvoaçar, talvez também umas centenas de Livros de Cuso só para amigos, a catarse de três ou quatro (ou cinco) anos de livros, apontamentos e sebentas agora feita através da transpiração da super bock e da sagres, é esta a festa máxima da vida de um quartanista.
Ou de um quintanista. Depende do número de anos que o curso comporta. Em Coimbra, a Queima das Fitas é a festa dos alunos que terminam o penúltimo ano da sua formatura.
Uns, pedem que se desenhem muitos bonequinhos em torno da caricatura principal. Outros, que pretendem um desenho mais plástico, optam por um conteúdo mais sóbrio.
Pela parte que me toca, prefiro a opção destes últimos. No entando, numa altura destas, o estudante é soberano.

domingo, 28 de setembro de 2008

Este é o meu e-mail. Mas não é link! Tem de teclar.
Meu nº de telemóvel: 966 3033 79 (Zé Oliveira)
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Na plaquete da Queima das Fitas
Caricatura simples ou complicada?

Em Abril deste ano, quando desenhava as caricaturas de um carro de quartanistas de um curso de Coimbra, um estudante apresentava-me mais de sessenta peripécias para desenhar em torno da sua caricatura! Tentei fazê-lo compreender que a simplicidade é um valor acrescentado para qualquer caricatura, porque a regra de ouro desta disciplina artística é a preocupação da síntese. E o desabafo dele foi este: "E andei eu um ano inteiro a registar apontamentos e dizer: 'esta tem de ir para a plaquete!'"
Caricatura de Coimbra e "bocas"
Confesso que não simpatizo nada com a expressão "bocas". Não me parece digna de uma academia que prima plos seus gloriosos pergaminhos.
Nas academias mais recentes, o termo é praticamente desconhecido, mas em Coimbra chamam-se "bocas" ao conteúdo graficamente secundário que enriquece a caricatura do livro de curso (ou plaquete). Aqueles bonequinhos ou balões que são desenhaos em torno do desenho central. Por que não chamar-lhe "envolência"? Ou "enquadramento"? Ou "cenário"? Ou...

Caricaturas todas "iguais"?
Como me interessa o fenómeno da caricatura Coimbrã não apenas enquanto autor mas também enquanto coleccionador e pesquisador, de vez em quando faço uma busca via Google acerca do tema. E constato que têm ficado registos na net aludindo a que as caricaturas de um ou outro artista "são todas iguais". Perante estas afirmações, recorri ao meu arquivo, que contém plaquetes (plaquettes?) desde 1930. E verifico que, especialmente para alguns caricaturistas, esse problema se tem colocado muito particularmente no que se refere a desenhar mulheres. Para o caricaturista, que se é homem se presume seja másculo, a mulher é sempre um ser bonito; mesmo que não seja. Enquanto que o homem é sempre mais "merecedor" das ferroadas da sátira.
Voltaremos a falar disto.
As caricaturas de agora são mais difíceis
Quase todas as caricaturas constantes deste site foram desenadas por mim desde há dois ou três anos a esta parte. A maioria é de 2007 e 2008. Mas já desenhei muitas caricaturas (principalmente para a Queima das Fitas de Coimbra) em outras épocas. E veifico que... este trabalho é cada vez mais difícil!
Porquê? Por uma razão bem simples: tem estado a subir a percentagem de etudantes do sexo feminino que concluem cursos unversitários. E, queiramos ou não, é muito mais complicado desenhar a caricatura de uma estudante do que a de um seu colega do género masculino. Porquê? Ora... é uma questão de testosterona!... (E não só).
Coimbra, terra-mãe
Plaquete? Livro de Curso?
O Dicionário Complementar da Língua Portuguesa de Augusto Moreno não regista a palavra plaquete (muito menos plaquette). Refiro-me à edição de 1954, altura em que o vocábulo já circulava na academia de Coimbra. Porém, consultando um dicionário da mesma época (Dicionário Francês-Português de Eduardo Pinheiro, edição de 1957), encontro a palavra plaquette. Não admira, porque o vocábulo é francês. E o que significa? Transcrevo: "Livro, volume muito fino; brochura; opúsculo".

Na tradição de Coimbra, a plaquette (ou plaquete) tem coexistido com o Livro de Curso. Este comportando as caricaturas dos estudantes do curso inteiro a que se reporta, a plaquete contendo apenas os elementos de cada carro que desfila na Queima das Fitas.
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Mais t menos t
Plaquettes? Plaquetes?
Confesso que ainda não consultei um dicionário actualizado de acordo com... o acordo. Nem me apetece consultar, do mesmo modo que não me apetece comentar quem é quem (portugueses? brasileiros?) nesta quastão do já estafado acordo. O soberano povo decidirá como falar e como escrever o bom portugês. Porque as perssoas não falam nem escrevem como os dicionários determinam. É ao contrário, gente, é ao contrário! Os dicionários é que se subordinam ao modo como as pessoas falam e escrevem. Pode demorar tempo, mas subordinam. No que aprendi de língua francesa, plaquete escreve-se plaquette.
Mas os estrangeirismos vão-se aportuguesando. De modo que, nesta alura talvez os novos dicionários da língua portuguesa já tenham mandado um t às urtigas.
Pelo sim pelo não, vou usando uma versão e outra. Em alternância, como a nossa democrática política...

sábado, 27 de setembro de 2008



.Livro de Curso... da Pré-primária!
De pequenino, se torce o nariz
Conforme se lê aí mais abaixo, esta coisa divertida das caricaturas de Livro de Fim de Curso já chegou aos mais baixos escalões etários. No caso concreto destas caricaturas, a tarefa foi concretizada com recurso a fotos enviadas por mail. Não é o modo mais usual nem o mais eficaz, mas resolve bem a necessidade.
Zé Oliveira normalmente desloca-se às escolas ou às Faculdades depois de acordadas eas condições, aí toma ao vivo a carcatura de cada estudante (a fisionomia do seu rosto) e trabalha depois todo o desenho em atelier.

Não foi este o caso. Por força da falta de tempo disponível, tudo foi elaborado "à distância".

As fotos diferiam bastante de qualidade entre si, o que dificultou a tarefa. Não estando o caricaturado presente para a caricatura, o mínimo que se pede é que as fotos tenham boa qualidade.
Porque uma caricatura é uma síntese da personalidade de um indivíduo, através das particularidades que o ndividualizam de todos os demais.

E, mesmo que "inventar" seja apanágio dos artistas, a verdade é que o caricaturista tem de ser objectivo. Por muito que isso espante quem imagina que uma Caricatura é um desenho "à balda".

Nada de mais errado! É necessário muito mais aplicação e muito mais eficácia na elaboração de uma caricatura do que na elaboração de um retrato.


Porque o retrato representa um rosto, mas uma caricatura vai mais longe: representa uma personalidade, um carácter. De preferência com economia de traços.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Caricatura académica
Livro de Curso... da Pré-primária
Não há dúvida de que a Caricatura está na moda. Basta apreciarmos a quantidade de caricaturas que circulam via e-mail (quase sempre deixando o autor no anonimato, coisa grave, reprovável) ou recordarmos o triste desenrolar das contestações de carácter religioso em torno de um conjunto de caricaturas, episódios sucessivos que abriram telejornais e provocaram dezenas de mortosTalvez por ser hoje redimensionada pela sua popularidade, a Caricatura para Plaquettes e Livros de Curso deixou de ser um exclusivo de estudantes universitários em final de carreira. Por exemplo estes caricaturas anexas são uma parte de um conjunto que assinala a conclusão de um curso de... Pré-primária!
Será razoável que as comunidades escolares destes níveis etários tomem como seus os hábitos tradicionalmente assumidos pelos mais velhos, estudantes já adultos? Depende. Fazer a caricatura de um adulto é traçar o se perfil psicológico, implacavelmente, desnudando a sua alma através de um jogo de exageros (para mais ou para menos) que o desmascaram (de forma divertida, embora) salientando os traços fundamentais do seu carácter.

Ora é aqui que bat o ponto; um adulto é passível de ser submetido ao "julgamento" da sua identidade psicissomática. E ainda mais, quando se trata de pessoa intelectualmente qualificada (por via da sua preparação académica).

Mas a criança não deve nunca ser sujeita à maldade de um "julgamento" que a condena por ter uma batata em vez de nariz, ou uns valentes quilos a mais a denunciarem abuso de guloseimas ou simples distúrbios de tiróide. Se ao adulto se exige que saiba conviver assumidamente com as suas próprias características, a uma criança não se pode pedir semelhante coisa.

É por isso que não encaro de ânimo leve a tarefa de fazer caricauras de crianças. Tenho o máximo cuidado em não as traumatizar, contendo-me nos exageros.
E não deixo de notar que uma criança não tem ainda o seu carácter complatamente definido, faltando-lhe, por isso, os traços essenciais que a individualizam de modo determinante. Também essa é uma dificuldade acrescida para a tarefa do caricaturista.

Mas se a pequena comunidade de estudantes (ou dos seus pais...) acha divertido registar o culminar da sua primeira experiência académica mediante um conjunto de caricaturas, pois que o faça. Mas o caricaturista não tem o direito de exagerar a seu belo prazer a fisionomia de uma criança como se ela fosse um adulto.

A caricatura de uma figura social pode, porventura, cair no grotesco. Basta que o caricaturista ache que esse é um caminho útil para desmascarar comportamentos inaceitáveis. Mas esse nunca pode ser o caminho para elaborar a Caricatura de uma criança.
Arriscarei dizer que uma criança não tem uma caricatura. Caricatura é o retrato caricato de alguém; e uma criança nunca tem nada de caricato. Resta, então, a solução de se desenhar um retrato levemente satírico, em que os exageros se encaminhem para a lisonja.

...e a lisonja é exactamente o contrário do que se exige de uma caricatura!... Zé Oliveira

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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sábado, 6 de setembro de 2008

Livros de Curso agora também a cores
As caricaturas de Zé Oliveira

Com o recomeço das aulas no ensino superior, chega a altura de os estudantes universitários em final de carreira académica começarem a preocupar-se com o seu livro de curso ou com a plaquette (termo coimbrão dado a cada caderninho que, não sendo a mesma coisa que um livro de curso, também contém a caricatura de cada estudante).




Para ampliar as imagens, clicar sobre elas

Zé Oliveira, que é um dos caricaturistas portugueses mais experientes neste género de caricatura, disponibiliza a partir de agora um novo "produto": caricaturas coloridas.




Faz todo o sentido, considerando os níveis de sofisticação a que chegaram os equipamentos de tipografia. Hoje, imprimir a cores é mais acessível do que há poucos anos.

Caricaturas "ao domicílio"

Zé Oliveira desloca-se a qualquer parte do país, onde obtém em apontamento tomado ao vivo a caricatura dos estudantes, que depois elabora em arte-final na tranquilidade do seu atelier. Essas sessões ocorrem normalmente num espaço da universidade e são sempre muito divertidas, factor preponderante para que as caricaturas transpareçam alegria. Quando alguns estuantes não podem estar presentes, a caricatura desses é elaborada com recurso a fotografias.

O modo mais prático para contactar Zé Oliveira, é usar o endereço de mail acima. Mas teclando-o, pois isto é simplesmente uma imagem, não un link; para evitar os spams.


Quanto mais cedo, melhor...


Como somos pouquíssimos os caricaturistas especializados neste género de trabalho, não é nada aconselhável os estudantes deixarem a elaboração das caricaturas para a última hora. Eles próprios vão andar no final do ano a braços com sobrecargas de trabalho curricular, somado às maratonas da organização das festas académicas. Mas, infelizmente, é quase sempre nessa altura que se lembram de que lhes falta mandar fazer as caricaturas para o livro de fim de curso. Como os pouquíssimos caricaturistas profissionais não conseguem esticar o tempo, a solução que lhes resta é "encolher" a qualidade de cada caricatura. Para poupar tempo e "acudir" a maior número de "aflitos". Ou recorrer a amadores que frequentemente demonstram qualidade confrangedora.


...e mais barato

Para estimular os estudantes a darem mais cedo "a cara ao manifesto", Zé Oliveira propõe-se fazer uma redução significativa de preços a todos os grupos de estudantes que mandem fazer as suas caricaturas até final de Janeiro. Dupla vantagem, portanto: melhor qualidade por menos dinheiro.


Maratona de 33 horas

Para acorrer a duas situações de "aflitos", no ano passado Zé Oliveira fez em atelier (portanto, na elaboração do solitário trabalho de arte-final) uma maratona de 25 horas consecutivas de laboração e outra de 33 horas! Apenas com intervalos de 20 minutos para as refeições!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Por Zé Oliveira
Capa para Livro de Curso Umas vezes crio a capa para os Livros de Curso cujas caricaturas desenho, outras vezes não. Conforme se acorda. (Porque no acordar é que está o começar o dia!...)

Quando tomo esse encargo, conforme foi o exemplo acima (acima os exemplos! Quando são... exemplares!) os... exemplares da tiragem têm capa em policromia ou só a preto, coforme os estudantes estão de eurico.

Neste caso que acima se mostra, a edição vai ser colorida, como se quer que as amigas sejam.

Esta edição está entregue à editora Tyriatis, do Porto, que desenvolve bastante e cuidadoso trabalho neste género de mercado.

A capa, um cartoon
Quando me encarrego de fazer a capa, esforço-me por ir além da simples ilustração. Costumo criar um cartoon que de algum modo tenha a ver com a vida académica daquele curso em concreto. E, segundo notas que recolhi, os "desgraçados" tiveram de passar umas férias inteiras de verão trancados na sala de computadores a preparar trabalhos académicos...

Zé Oliveira

terça-feira, 6 de maio de 2008


O meio mais prático para me contactar é o e-mail. Este, acima. Mas tem de digitar o meu endereço no teclado, pois o que vê acima, é uma simples imagem. Para evitar o incómodo dos "profissionais" do spam.
Zé Oliveira
Por Zé Oliveira
Dois cromos em estilo Plaquete Estes dois cromos, que fazem promoção da minha actividade como caricaturista travestidos de estudantes, já foram desenhados há uns anitos. Trata-se de um boneco do tempo em que Santana acaba de entrar-saír de S. Bento (...da Porta Aberta), depois de uma curtíssima carreira como Primeiro Ministro. Com Portas à ilharga.

Eram tempos em que se viviam as aventuras da Quinta das celebridades, onde sua ex-mulher foi ganhar uns trocos. Santana não precisou de se sujeitar a tanto, porque regressou ao Parlamento. E conseguiu um part-time na EDP; coisa pouca, só para uns milharzitos de contos mensais, mas sempre dá para as gravatas.

A caricatura é antiga, mas como o Santana engordou pouco e o Portas emagreceu pouco, creio que ainda dá para os identificar.

Zé Oliveira
Por Zé Oliveira
Para Livro de Fim de Curso Confesso que me divirto a desenhar estas "máquinas". E tanto, que... por vezes me distraio e cometo erros! Reparem como falhei ao fazer a ligação do pescoço para as costas. E bastar-me-ia ter preenchido um pouco mais de costas sob a capa, em triângulo.
Estes deslizes derivam quase sempre do facto de os estudantes se lembrarem de organizar a plaquete (quem diz plaquette diz livro de Curso) à última hora. Isso obriga a que tenhamos de desenhar as caricaturas em maratona.
Z.O.
Por Zé Oliveira
Caricatura para Plaquete Quando uma das características principais do caricaturado é a sua "adição" ao computador, quase sempre desenho uma parafernália de cabos a sairem do harweare. Porque esse é o (um dos...) lado antipático destas novas tecnologias. Por isso, aproveito a oportunidade para caricaturar essa característica das novas máquinas que a todos nós incomoda.
Z. O.
Por Zé Oliveira
Caricatura para Livro de Curso Quando me pedem para desenhar uma mota (um automóvel... uma bicicleta...) insiro frequentemente no desenho da plaquete um pouco de estrada. É um elemento que se desenha rapidamente e ajuda a dar força à imagem.
Z. O.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Por Zé Oliveira
Caricatura para Livro de Curso Esta caricatura e as anteriores (e as seguintes) faz parte de um Livro de Curso (ou plaquete, como alguns lhe chamam, embora também haja quem prefira usar a designação tradicional "plaquette"), faz parte de um Livro de Curso, dizia, cujos estudantes foram muito sóbrios a fornecer os elementos complementares.
Z.O.

Por Zé Oliveira
Caricatura para Livro de Curso Este foi um daqueles casos em que, na sessão de desenho ao vivo, "saquei" duas expressões da estudante. Normalmente escolho a que me parece mais conseguida e mais identificativa do carácter do estudante em causa, mas desta vez aproveitei as duas. Reduzi uma delas e usei-a como elemento acessório no desempenho de uma das "vocações" da caricaturada: cantar.
Z. O.
Por Zé Oliveira
Caricatura para Plaquette Há academias em que a tendêcia dominante é economizarem nos bonequinhos que completam o desenho. Este é um caso desses.

Quando assim acontece, preocupo-me um pouco mais em desenhar o boneco principal no desempenho de uma atitude. Como foi este caso.
Z. O.